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Cremação: entenda o que é e de onde surgiu essa prática

Cremação: entenda o que é e de onde surgiu essa prática

A cremação é um método funerário que consiste na incineração de um corpo, transformando-o em cinzas. Nesse processo, o corpo é colocado em um forno especial e submetido a temperaturas de aproximadamente 1000°C por cerca de 3 horas.

Estima-se que o número de crematórios no Brasil tenha crescido mais de 1000% nos últimos vinte anos. De acordo com uma pesquisa realizada em 2021 pelo Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep), entre 8% e 9% dos falecidos do país são cremados.

Embora a cremação esteja se tornando cada vez mais popular, ela não é uma prática nova nos rituais funerários. Neste artigo, vamos explicar suas origens e vantagens.

De onde surgiu a cremação?

Acredita-se que a cremação tenha começado a ser utilizada como método funerário cerca de 5000 anos atrás. Civilizações gregas e romanas costumavam cremar seus mortos como uma maneira de proporcionar uma despedida digna. No oriente, essa prática foi adotada com a chegada do budismo.

A forma atual de cremação, como a conhecemos, surgiu no século XIX na Itália, com a criação do primeiro forno capaz de atingir a alta temperatura necessária para incinerar corpos humanos. O primeiro crematório do Brasil foi inaugurado em 1974 no estado de São Paulo.

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O que cada religião diz sobre cremação

Cada religião tem uma visão diferente sobre os rituais de passagem. É importante que a crença do falecido seja levado em consideração no momento de escolher o método funerário.

Catolicismo: No passado, a Igreja Católica não permitia essa prática aos fiéis. Em 1964, o Papa Paulo VI autorizou a cremação para os católicos apesar de ainda recomendar o sepultamento. 

Protestantismo: As Igrejas Evangélicas não proibem a cremação, pois entende a escolha como parte do livre arbítrio. Entretanto, algumas vertentes mais tradicionais preferem o sepultamento.

Judaísmo: Os judeus consideram a cremação como um pecado, pois acreditam que a alma não se desvincula do corpo até que ele seja totalmente desintegrado. Apesar disso, alguns judeus liberais são mais favoráveis à cremação, embora essa não seja uma visão amplamente aceita pela religião.

Islamismo: Os muçulmanos também são proibidos de realizar cremações, pois para eles o sepultamento é fundamental para completar o ciclo da vida.

Espiritismo: Para os espíritas, a cremação é bem aceita. No entanto, eles acreditam que a ligação entre corpo e alma se desfaz lentamente e recomendam o procedimento após 72 horas.

Budismo: Os budistas recomendam a cremação para todos os fiéis, pois acreditam que, ao serem cremados, estarão se desapegando por completo do mundo material.

 Hinduísmo: Assim como os budistas, os hinduístas também recomendam a cremação como forma de desapego material e transição para uma nova dimensão.

Uma partida ecológica

Contrariando o que muitos pensam, a cremação gera um impacto ambiental menor do que o sepultamento. O uso de filtros reduz a concentração de gases e diminui a emissão de dióxido de carbono, que é o principal gás poluente.

Além disso, a cremação impede a decomposição do corpo e não gera resíduos que contaminam o solo por um longo período.

Diferentes formas de homenagem

A cremação não impede a realização de um funeral. Caso a família deseje, é possível realizar a cerimônia antes do processo de cremação ou organizar um memorial na presença da urna.

Por outro lado, existem diversas formas de homenagear um ente querido: alguns escolhem espalhar as cinzas em um lugar significativo, enquanto outras pessoas optam por guardar as cinzas em um espaço separado em suas casas.

Lembre-se de que não existe uma escolha certa ou errada ao decidir a forma de despedida, seja para você mesmo ou para um ente querido.

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